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Marília Mendonça: Luísa Sonza, Paula Fernandes, Padre Fábio de Melo e mais se unem em tributo

Coisa linda! O "Domingão com Huck" deste domingo (7) abriu o espaço para homenagear a inesquecível Marília Mendonça, falecida nesta sexta-feira (5). O programa fez uma retrospectiva da vida da artista até o momento em que ela embarcou no avião que cessou sua vida. Participaram do tributo Padre Fábio de Melo, João Neto e Frederico, Luisa Sonza, Naiara Azevedo, Lauana Prado, Paula Mattos, Tierry e Paula Fernandes e uma plateia cheia de fãs da cantora.


Muito emocionada, Luísa Sonza desabafou sobre esse momento difícil. "Eu fiquei pensando em o que eu ia falar em rede nacional sobre a Marília e eu estou com medo, porque não tem palavra pra falar o que Marília Mendonça é pra música brasileira. Acima de tudo, eu amo a música, meus amigos da música, e eu amo a forma como a Marília foi objeto de mudança com leveza", destacou.


"Isso é uma coisa que eu não queria ter perdido na música brasileira, de jeito nenhum. E não só como artista, eu perdi uma amiga, perdi uma ídola muito grande pra mim, e perdi uma colega de trabalho. E isso me dói demais. A Marília fez tanta coisa pelas mulheres, o que é um propósito da minha vida. Ela não cantava sertanejo, pop, não cantava pra um público específico, ela cantava pra gente", continuou. Sonza ainda se juntou a Tierry para uma linda interpretação de "Graveto", um dos hits de Marília.


João Neto e Frederico foi a primeira dupla a gravar uma composição de Marília, e relembraram o primeiro encontro com a estrela. "A gente estava no escritório se preparando para ir pra casa quando avisaram que tinha um menina querendo mostrar umas músicas. Isso foi em 2010, ela tinha 14 anos. A primeira música que ela mostrou foi 'Minha Herança'", contaram. A canção foi gravada e virou um sucesso.





"Quando ela falou a idade, respondi: 'Não pode'. Tinha uma melodia tão bonita. Ela cantou umas 10 músicas. Cada uma era um soco de poesia. Na quinta música, chamamos nosso empresário e ele ficou anestesiado. Nunca vou ver alguém tão completo como a Marília", afirmou a dupla.


Padre Fábio de Melo também disse lindas palavras sobre essa tragédia tão repentina. "A gente perde Marília no momento em que não estamos sabendo perder porque estamos perdendo demais, sofrendo muito. A pandemia trouxe muito sofrimento. Estamos organizando esse luto com tanto sofrimento porque não sabemos precisar quantas pessoas morrem naquela que morre. Ontem, nós não sepultamos uma mulher, nós sepultamos uma multidão", desabafou.


"É a pior dor que nós humanos podemos viver, com todo respeito as outras dores que passamos pela vida. É por isso que nos toca tanto. A mãe é o amor mais próximo que a gente pode viver na vida. Quando estou diante do sofrimento de uma mãe que perdeu um filho, estou diante do que tem de mais sagrado no coração humano. Tanto é que não existe nome para essa dor. Hoje, ao pensar na dor da Dona Ruth, penso na dor de milhares de mulheres que precisaram viver esse movimento contrario da vida", completou.


Paula Fernandes observou que o que aconteceu com Marília é um medo de muitos artistas. "Na hora que via a primeira imagem do avião é como se seu tivesse caído junto. A gente conhece essa rotina, a gente sabe o que sofre na estrada. O que aconteceu com ela é o que eu mais temo na vida. A gente perdeu uma grande estrela, uma grande artista. Mostrou que o Brasil tem espaço pra todo tipo de talento. Ela compunha muito bem, cantava muito bem, se expressava muito bem", refletiu.


"Ela falava verdades que a gente tinha medo de falar e até achava estranho de ouvir. Ela conquistou essa legião incrível de fãs e a mim também", continuou. Em outro momento emocionante, Paula Mattos e Naiara Azevedo se juntaram para cantar a inesquecível "Supera".


De longe, Anitta e Neymar não deixaram de participar do tributo. O jogador ficou bastante abalado com a morte da sertaneja e mandou um recado carinhoso. "Marília, você é eterna! Sempre vai ficar nos nossos corações, nos nossos ouvidos e na nossa boca. Beijo enorme e fica com Deus", afirmou. Já a carioca fez uma apresentação emocionante de "Todo Mundo Vai Sofrer".


Emocionados, todos os artistas se reuniram para cantar "Infiel", hit que lançou Marília ao estrelato. De arrepiar! Ela merece todas as homenagens do mundo! Eterna e inesquecível!


Por fim, o programa preparou uma linda carta direcionada ao pequeno Leo, filhinho da cantora, assinada por Simone, Érika Januza, Preta Gil, Lilia Cabral, Thaeme, Monica Martelli, Carolina Dieckmann, Fafa de Belém, Deborah Secco, Fátima Bernardes e Luciano Huck. Leia na íntegra:


"Sua mãe libertou, absorveu, perdoou, compreendeu as mulheres como ninguém, Leo. Ela ensinou a gente a amar sem culpa, mostrou que a gente pode encher a cara e cobrar respeito, que pode ser romântica e da noitada, que pode ser mãe e empresária. Ela ensinou que as mulheres podem ser quem quiser e como quiser, e isso mudou o nosso país para melhor. Essa é uma carta escrita a muitas mãos, Leo, e muitas mães. Porque a sua mãe queria ter voltado, ela queria voltar porque você existe. Porque depois que você chegou, o verbo voltar virou sinônimo de amor, de felicidade”


"Ela queria voltar cansada, com a sensação de dever cumprido, depois de ter cantado para multidões, que cantariam com ela, que encheriam o coração dela de gratidão e satisfação de ser quem ela sempre foi. Ela queria voltar para se perder nos seus braços, no seu corpo pequeno, mas tão imenso no significado porque você, Leo, era para ela uma multidão particular. Quando você sentir o desejo de revê-la, é só buscar a sua mãe dentro do seu coração. O seu coração vai ser a sala, o sofá, o ponto de encontro de vocês. E para nós ela também vai estar por perto. Porque ela não foi embora. Ela virou esse ar que nos rodeia, que se chama amor, e ninguém pode com amor, ninguém. Nenhuma distância e nenhum fim. Então, quando a saudade bater, Leo, lembra que um pedacinho da sua mãe mora em cada um de nós, lembra que a sua mãe não vive somente no passado, ela espera por você também no futuro. Um futuro, Leo, que a sua mãe embalou para que a gente te acolhesse, da mesma forma que ela sempre acolheu tanta coisa que vinha da gente. Se hoje o nosso canto é lágrima e silêncio, quero dizer a você, Leo, que a sua mãe é um farol e o caminho iluminado por ela não se apaga".

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